segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fidel: A origem das guerras

Fidel castro, que daqui a pouco estará ao vivo no programa cubano Mesa Redonda, escreveu mais uma reflexão ontem:









Por Fidel Castro Ruz

No dia 14 de julho afirmei que os Estados Unidos não cederiam e também não o Irã; "um pelo orgulho dos poderosos, e outro, pela resistência ao jugo e pela capacidade para combater, como ocorreu tantas vezes na história..."
Em quase todas as guerras uma das partes deseja evitá-la, e às vezes, as duas. Nesta ocasião ocorreria, embora uma das partes não o desejasse, mesmo como aconteceu nas duas guerras mundiais de 1914 e 1939, com apenas 25 anos
de distância entre a primeira e a segunda explosão.
As matanças foram espantosas, não se teriam desatado sem erros prévios de cálculos. As duas defendiam interesses imperialistas, e achavam que obteriam seus objetivos sem o custo terrível que implicou.
No caso que nos ocupa, uma delas defende interesses nacionais, totalmente justos. A outra, tem como objetivo propósitos bastardos e grosseiros interesses materiais.
Fazendo uma análise de todas as guerras que ocorreram partindo da história conhecida de nossa espécie, uma delas procurou esses objetivos.
São absolutamente vãs as ilusões de que, nesta ocasião, esses objetivos serão atingidos sem a mais terrível de todas as guerras.
Num dos melhores artigos publicados pelo site Global Research, na quinta-feira 1Â de julho, assinado por Rick Rozoff, ele utiliza abundantes elementos de juízo os quais são inapeláveis sobre os propósitos dos Estados Unidos, que toda
pessoa bem informada deve conhecer.
"... Pode-se vencer se um adversário sabe que é vulnerável a um ataque instantâneo e indetectável, abrumador e devastador, sem a possibilidade de defender-se ou de levar represálias", é o que segundo o autor pensam os Estados
Unidos.
"... Um país que aspira a seguir sendo o único Estado na história que exerce a dominação militar de espectro completo na terra, no ar, nos mares e no espaço."
"Que mantém e estende bases militares e tropas, grupos de combate de porta-aviões e bombardeiros estratégicos sobre e em quase cada latitude e longitude. Que o faz com um orçamento de guerra recorde posterior à Segunda Guerra Mundial de 708 bilhões de dólares para o próximo ano."
Foi " ...o primeiro país que desenvolveu e utilizou armas atômicas..."
"... os Estados Unidos conservam 1.550 ogivas nucleares posicionadas e mais 2.200 (segundo alguns cálculos 3.500)armazenadas, e uma tríade de veículos de lançamento terrestres, aéreos e submarinos."
"O arsenal não nuclear utilizado para neutralizar e destruir as defesas aéreas e estratégicas, potencialmente todas as forças militares importantes de outras nações, consistirá em mísseis balísticos intercontinentais, mísseis balísticos adaptados a lançamento de submarinos, mísseis cruzeiro e bombardeiros hipersônicos, e bombardeiros estratégicos "super-stealth" capazes de evitar a detecção por radar e assim evitar as defesas baseadas em terra e ar.
Rozoff enumera as abundantes entrevistas coletivas, reuniões e declarações nos últimos meses dos chefes do Estado Maior Conjunto e dos altos oficiais executivos do governo dos Estados Unidos.
Explica os compromissos com a NATO, e a cooperação reforçada dos sócios do Oriente Próximo, leia-se em primeiro lugar Israel. Ele diz que: "os Estados Unidos também intensificam os programas de guerra espacial e cibernética com o potencial de paralisar os sistemas de vigilância e comando militar, de controle, de comunicações, informatizados e de inteligência de outras nações, levando-as à vulnerabilidade em todos os âmbitos, fora do tático mais básico."
Fala da assinatura em Praga, no dia 8 de abril deste ano, do novo Tratado START entre a Rússia e os Estados Unidos, que "... não contém nenhuma restrição sobre o potencial atual ou planificado de ataque global imediato convencional dos Estados Unidos."
Faz referência a numerosas notícias relacionadas com o tema, e representa com um exemplo desconcertante os propósitos dos Estados Unidos.
Assinala que "... O Departamento de Defesa explora atualmente toda a gama de tecnologias e sistemas para uma capacidade de Ataque Global Imediato Convencional que poderia oferecer ao presidente opções mais verossímeis e tecnicamente adequadas para encarar ameaças novas e em desenvolvimento."
Sustento a ideia de que nenhum presidente, nem sequer o mais experiente chefe militar, teria um minuto para saber o que deverá ser feito se não estiver já programado em computadores.
Rozoff, imperturbável, relata o que afirma Global Security Network numa análise intitulada: "Custo de ensaiar um míssil estadunidense de ataque global poderia atingir os 500 milhões de dólares", de Elaine Grossman.
"O governo de Obama solicitou 239,9 bilhões de dólares para pesquisa e desenvolvimento de ataque global imediato por parte dos serviços militares no ano fiscal 2011... Se os níveis de financiamento se mantêm nos próximos anos como foi antecipado, o Pentágono haverá gastado cerca de 2 trilhões de dólares em ataque global imediato para o fim do ano fiscal 2015, segundo documentos orçamentários apresentados no mês passado ao Congresso."
"Um cenário horripilante comparável aos efeitos de um ataque de PGS, este da versão baseada no mar, apareceu há três anos:
"No Pacífico, emerge um submarino nuclear da classe Ohio, pronto para a ordem de lançamento do presidente. Quando chegar a ordem, o submarino dispara ao céu um míssil Trident II de 65 toneladas. Depois de 2 minutos, o míssil voa a mais de 22.000 quilômetros por hora. Por sobre os oceanos e fora da atmosfera acelera durante milhares de quilômetros."
"Na cúspide de sua parábola, no espaço, as quatro ogivas do Trident se separam e começam sua descida para o planeta."
"Voando a 21.000 km/h, as ogivas vão repletas de barras de tungstênio com o dobro da resistência do aço."

Leia o restante em Prensa Latina

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